Mais intensidade, pfvr

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Estou tão farta de pessoas ‘mais ou menos’. Quero ao meu lado os loucos e intensos com sentimentos tão exacerbados a ponto de serem engolidos a cada momento por suas emoções. Quero gente dramática, que chora de raiva e grita de alegria. Quero ao meu lado os que gargalham alto e não tem vergonha ou frescura de dizer o que pensam e mostrar o que sentem. Quero pessoas sem medo de errar, que tropeçam, que caem e que voltam atrás quando julgam necessário. Procuro pessoas inteiras e autênticas, para estar ao meu lado por completo, da mesma forma que eu estarei ao lado delas.

Sensação da vida

A vida é mais que uma jornada. Você a constrói a cada dia, com cada pequeno momento, sejam eles bons ou ruins. É o seu legado, sua oportunidade de usufruir das sensações humanas. Não a banalize, nem a desperdice. Saiba apreciá-la, saiba ser intenso, sinta a vibração das pessoas ao seu redor. Não tente conter seus sentimentos, deixe a dor dilacerar, deixe a lágrima escorrer, deixe a gargalhada romper o silêncio, deixe suas vontades tomarem conta das suas ações, deixe o amor fluir… Sinta-se vivo!

Recomendo o filme “Antes que o dia termine”. O filme mostra como devemos valorizar as pessoa que amamos enquanto elas ainda estão ao nosso lado. Não deixe o tempo passar e não perca a oportunidade de dizer que a ama, pois amanhã pode ser tarde demais. Aproveite-a.

Despedida

Foi ai que ele me perguntou:
– Ainda beija meu retrato?
Pude sentir uma onda de calor e vergonha percorrendo meu corpo. E talvez por disfarçe ao tom rosa que tomou meu rosto, respondi-lhe rapidamente o contrário do que vinha fazendo.
Quase que por um segundo, podia jurar uma expressão de desapontamento, mas que logo foi substituída por um esboço de sorriso seguido de um adeus.
Seja talvez por isso minha angústia perante despedidas. Sempre tão constrangedoras. Foi assim também há alguns anos atrás. Dizem que perder um amor doí mais que perder uma amizade, pois não acho. Me separar de amigos, com as quais passei boa parte de minha vida, foi tão doloroso quanto renunciar a este amor. Não que tenha tido muitos, mas o suficiente para adquirir certo conhecimento.
Mas dessa vez era diferente. Não era uma despedida qualquer, mas sim uma especial. Uma despedida que levou cinco minutos para acontecer, mas iria durar para sempre. Sabia que passaria muitos dias dali para frente revivendo-a. Me deparei com o fim… E como se estivesse em meio a um completo vácuo de sentimento girei os calcanhares e dei as costas àquele que durante tanto tempo fez parte de um sonho antes de se tornar real; talvez para dar fim a minha angústia, talvez para encurtar a lembrança que me atormentaria dali pra frente.

hora do start

2013-07-18 12.19.49Formada em Jornalismo há apenas 1 ano, não foi fácil tomar a decisão que tomei: mudar de profissão. Só que mais difícil ainda tem sido encontrar caminhos que me ajudem a conquistar certo hábitos imprescindíveis para atingir meu novo objetivo, como estudar 10 horas por dia.

Acredite, voltar a acompanhar matérias de colégio depois de ficar afastada desse universo por quase 7 anos é uma tarefa bem complicada. Mas, tudo por um fim, certo? Afinal, passar no vestibular de medicina é quase uma guerra. E no momento estou travando uma batalha comigo mesma para me convencer de que esta luta vai precisar de muito mais que posso oferecer em termos de disciplina e concentração.

Diante disso, quanto mais motivação melhor… esses dias minha mãe entrou no meu quarto e disse algo interessante (escrevi em um post-it para não esquecer). Não sei de onde ela tirou ou onde foi que ouviu, mas o fato é que aquilo me inspirou e espero que me ajude nos momentos de recaída e em que encontrar desfocada (que não são poucos).

Coisas que acho que sei

Nem tudo na vida acontece como planejamos ou dá certo na primeira tentativa. É colega, a vida não é nenhum conto de fadas da Disney onde fadinhas vão vir me transformar em uma bela Cinderela ou animais falantes vão me mostrar o caminho certo a seguir. As coisas raramente caem do céu diretamente no nosso colo e pouquíssimas pessoas conquistam seus objetivos sem terem tirado seus belos traseiros das cadeiras.

Não se deixe dominar pelo medo, comodidade, preguiça ou ‘seja lá o que for’ que te trava e te faz questionar se vale a pena insistir e lutar por aquilo que você quer e acredita. O dia hoje não foi fácil, mas também há outros (as) que tiveram dias muito piores, enfim… Reclamar nunca foi a melhor alternativa pra solucionar problema de ninguém, se é que vem a ser uma opção. É apenas um jeito fácil de tirar a responsabilidade de si. O que pode, talvez, funcionar é continuar tentando. E se não der certo novamente, tentar e tentar e tentar mais um pouquinho.

Não, não… não tenho certeza plena do que estou falando. Falo apenas daquilo que acho que sei e mesmo que isso não seja totalmente certo, eu me forço a continuar arriscando, me pressionando, me desafiando. Porque eu sei que eu aguento… aguento mais uma ou duas vezes, quem sabe mais… Ou talvez eu nem aguente, mas eu me faço acreditar que aguento. E quem sabe, mesmo se não der em nada, e eu descobrir coisas que ainda não sabia, com certeza já vai ser de grande valia – (não era pra rimar).

Eu vou até o fim, você vem comigo? 🙂

p.s.: Acho que hoje só por John, né?

Minha única certeza;

Para escrever você não precisa de muita coisa, basta um papel e um lápis. Mas para escrever bem, talvez precise de mais do que isso… ou não? Se pudesse acrescentar um item a essa lista sobre “o que preciso para me inspirar” e fazer um bom texto seria, com certeza, a música. Basta apertar o play e pronto: as palavras saem sem que eu precise pensar, elas simplesmente saem. Confesso que ás vezes são um pouco confusas, mas se você presta bastante atenção, de alguma forma tudo parece se encaixar no final. Se começo dizendo algo sem pé nem cabeça, calma, melhora no final. E se não melhorar, bom, neste caso talvez não haja mesmo nexo em tudo que digo.

Escrevo mais para mim do que para qualquer outra pessoa. Não penso e nem desejo que as outras pessoas leiam e apreciem meu texto. Escrevo porque me sinto bem. E essa é uma das únicas coisas que tenho certeza em minha vida. Não tenho a pretensão de escrever coisas significativas, rebuscadas ou polêmicas, mas sim pelo simples ato de escrever, no seu mais puro conceito.

Lembro-me de quando eu tinha 10 anos… Escrevi uma história sobre um mundo mágico cheio de personagens fictícios com personalidades diferentes (não me perguntem os detalhes porque nem imagino onde esta folha foi parar). Estava com o rascunho do texto dentro do meu caderno de português porque tinha mania de escrever nos intervalos entre as aulas. Foi ai que minha professora viu aquelas folhas e pediu para ler. Envergonhada e sem saída, não pude fazer nada senão concordar. Depois de 5 minutos com os olhos fixos na minha caligrafia redonda de criança, ela disse:

– De onde você tirou essa idéia Camila?

– Da minha cabeça, tia Vera!

– Ah, e porque você fez este texto, eu não pedi nenhuma redação.

 – …e só que porque escrever me faz bem.

Ela me olhou, pensou por um tempo e disse:

– Então continue escrevendo, nunca pare!

(Mais tarde, minha mãe me contou que durante a reunião de pais, tia Vera disse para elame incentivar a escrever porque sentiu sinceridade em meu texto.)

Desde então, sigo o conselho dela. Claro que escrevo mais só para mim do que para os outros. E geralmente os textos que não publico ficam melhores do que os coloco em algum lugar para alguém, sabe Deus quem, ver. Acostumei-me a sempre ter folhas de papel por perto, quanto mais amarelas melhor. Também desenvolvi o ato de escrever em minha mente, se é que posso chamar isso de escrever. Crio textos e os perco no meu ‘eu’ infinito. Mas eu sei que eles estão lá gravados em algum lugar. De vez em quando eu os encontro, mas são escorregadios como um sabonete molhado e assim os perco antes mesmo que possa memorizá-los.

Sabe quando você gosta muito de fazer uma coisa e faz ela a tanto tempo que adquire várias manias na hora de realizá-la? Então, escrever é assim para mim. Tenho que ter a caneta certa, o papel certo… Enfim, isso e mais um monte de frescuras que desenvolvi com o tempo. Mas não me importo desde que isso continue me fazendo bem. Se precisa ser desse jeito Camila, que seja. Faça como à senhora prefere. Afinal de contas, as palavras são suas e nunca vão deixar de ser, porque você é feita delas. Eu sou feita delas.